Saturday, November 25, 2006

CAVALOS...porque os motores também os têm....



ÁRABE
A mais antiga raça de cavalos e considerada uma das mais nobres foram difundidas em todo o mundo principalmente através das invasões muçulmanas na Europa e dos ataques das cruzadas nos séculos XII e XIV. De conformação elegante e nobre linhagem, o cavalo Árabe é bastante usado no melhoramento de outras raças e até de cavalos comuns. Originaria do oriente médio a raça foi introduzida no Brasil entre 1930 e 1950 pelo governo que pretendia aumentar sua cavalaria no Estado do Rio Grande do Sul. No entanto, foi só a partir de 1975, depois de ter fundado no ano de 1964 a Associação Brasileira dos criadores do cavalo Árabe - ABCCA, que o Dr. Aloysio Faria realizou as primeiras importações de cavalos Árabes que possuíam grande qualidade, fator que ajudou a difundir a raça no país. Atualmente, a raça Árabe é uma das que atingem os valores mais altos em leilões e coberturas. Para se ter uma idéia, um bom animal custa em média oito mil dólares, sendo que os campeões são vendidos por pequenas fortunas. Com as oscilações da economia, as importações da raça também sofreram variações nos últimos anos. O Brasil passou a produzir mais e acabou fazendo uma boa troca: a da quantidade pela qualidade. Desta forma, os animais brasileiros obtiveram sucesso entre as criações do mundo inteiro e hoje a produção do cavalo Árabe no país é reconhecida internacionalmente, com a posição de terceiro maior criador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá.

CARACTERÍSTICAS Os cavalos Árabes costumam apresentar pelagem castanha, alazã e tordilha e possuem aptidão para hipismo rural, enduro,trabalho e lazer. Um macho pesa entre 400 e 500 quilos e mede cerca de 1,48 a 1,52 metro.Já a fêmea atinge o peso entre 350 a 450 quilos, com altura semelhante ao macho.

HISTÓRIA A Raça de cavalo árabe é originária de reprodutores selvagens dos desertos da Arábia descritos na bíblia há mais de 2200 anos. Naquele tempo os impérios militares Caldeus, Persas, Hititas e Assírios, em lutas freqüentes com os beduínos. Com a decadência desses impérios militares, os cavalos eram capturados pelos beduínos que já percebiam seu potencial. Desta forma, os cavalos de guerra da raça Andaluzes se miscigenaram com os selvagens árabes através do século formado os grupos dos beduínos que migravam constantemente em busca de alimentos. Estes séculos de migração e muita liberdade causaram a transformação pela necessidade de adaptação ás privações e clima desértico, formado as características básicas do Puro-Sangue Árabe. O aperfeiçoamento da raça ocorreu em um fértil planalto da península Arábia quando ali se fixaram por bom tempo, área estas que se transformou em deserto no decorrer dos anos. Ainda antes da era cristã, cavalos eram levados da Arábia para o Egito aonde eram muito apreciados por suas qualidades de força, rapidez e resistência. Assim a criação seguiu restrita por um longo período ao oriente. A partir do século XII, os sultões turcos que dominaram o Egito e grande parte de áreas cruciais de comércio entre ocidente e oriente como Constantinopla, tendo contatos com essas montarias formidáveis, incentivaram seu haras. E foi através destas rotas de comércio que os cavalos árabes foram se espalhando pelo mundo. Dentre as criações da raça que se ramificaram, as mais importantes são: a egípcia, a polonesa, a inglesa, a russa e a americana. Esta última devido ao poder aquisitivo, empenho e paixão possuem hoje uma das melhores criações de cavalos Árabes do mundo.

PREPOTÊNCIA GENÉTICA Os três mil anos de seleção e aprimoramento do cavalo Árabe proporcionaram-lhe um poder genético incomparável. A partir da idade média, garanhões árabes foram exportados para quase todas as partes do mundo, dando origem a outras raças e regenerando plantéis inteiros de cavalos. Assim nasceram o puro-sangue inglês, o Orloff, cavalo de sela francês, o Alter, Trackener, Hanoveriano, o Quarto-de-Milha, só para os mais conhecidos. Ate hoje o sangue Árabe ainda é utilizado para melhorar raça, transferindo refinamento, resistência, inteligência e outras qualidades. Uma das funções mais importantes do reprodutor Árabe no Brasil é regeneração de cavalos de trabalho e esportes através da mestiçagem. Criações do interior de São Paulo, Minas, Goiás e Mato Grosso do Sul têm conseguido verdadeiros milagres ao colocarem o sangue Árabe em suas eguadas.

RUSTICIDADE E RESISTÊNCIA Povos nômades e guerreiros, os beduínos procuravam por um animal que os ajudasse em sua luta contra a inclemência do deserto e lhe conferisse poder nas batalhas. Foram necessários mais de três milênios de seleção para se chegar ao cavalo de guerra do deserto: o cavalo Árabe, capaz de resistir a prolongados períodos de trabalho intenso com o mínimo de cuidado e alimentação. Essas qualidades persistem em seu fenótipo e são reconhecidas até hoje, através de competições de longo percurso no EUA e na Europa. No Brasil, onde essas provas começam a ser realizadas, o puro sangue Árabe se destaca sempre nas primeiras colocações. No trabalho da fazenda, os criadores se surpreendem com a produtividade diária do Árabe, capaz de pronta recuperação após um dia inteiro de atividade.

A LENDA DA CRIAÇÃO DO CAVALO ÀRABE NO MUNDO Percorrida ALAH o mundo, logo após a criação, quando ao passar sobre o deserto ouviu os gritos e choro do beduíno. Ao pergunta-lhe por que assim chorava, respondeu-lhe o árabe: -Ide as riquezas que todos os outros povos ganharam e para mim só tocou areias Percebendo ALAH que não havia sido equânime na distribuição das benesses da terra disse-lhe: -Pois não chores mais, vou compensar-lhe dando um presente que não dei a povo algum. E tomando com a mão direita o vento sul que passava, falou: -Plasma-te, ó vento sul! Vou fazer de ti uma nova criatura. Serás o meu presente, e o símbolo de meu amor a meu povo. Para que sejas único e que nunca te confundam com bestas, terás: o olhar da águia, a coragem do leão e a velocidade da pantera. Do elefante dou-te a memória, do tigre a força, da gazela a elegância. Teus cascos terão a dureza do sílex e teu pêlo à maciez da plumagem da pomba. Irás saltar mais do que o gamo, e terás do lobo o faro. Serão teus, à noite, os olhos do leopardo, e te orientarás como o falcão, que sempre volta à sua origem. Serás incansável como o camelo, e terás do cão o amor ao seu dono. E finalmente, Hissam (o cavalo), como um presente meu ao fazer-te Árabe, doute para o todo sempre e para que sejas único: a beleza da Rainha e a majestade do Rei .

(in Revista da Terra)

Monday, November 06, 2006

Algo de mágico...




(fotos da net)

Sem dúvida que tinham algo de magia...

...tinham um misticismo muito próprio...

...tinham "garra"...

Wednesday, November 01, 2006

AMOR...

Pablo Neruda :
"Nega-me o pão, o ar, a luz, a primavera, mas nunca o teu riso, porque então morreria."